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O nosso planeta!

Imagem extraída do site: http://wallpapers-diq.com/

 

A 1ª Conferência de Física da CPLP (CF_CPLP) é um fórum onde cientistas, professores e industriais podem discutir em conjunto os seus trabalhos e as tendências actuais em áreas de grande interesse para o desenvolvimento científico, económico e humano-social da CPLP.

 

A comunidade de países de língua portuguesa, oficialmente criada em 17 de Julho de 1996, inclui oito Estados: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Todos estes Estados estão repartidos sobre quatro continentes e partilham a língua portuguesa, perfazendo um total de cerca de 242 milhões de habitantes. A sua distribuição geográfica é maioritariamente no plano equatorial (com a excepção de Portugal, mais a Norte) implicando dois grandes oceanos: o Atlântico e o Índico. Apesar das diferenças naturais, persiste uma unidade cultural proporcionada pela língua que inspirou toda uma plêiade de escritores, poetas e pensadores de projecção universal e deu origem ao crioulo falado em África, América e no Oriente. É importante referir ainda que todos os países da CPLP dispõem de recursos minerais notáveis e a partilha de dois grandes oceanos proporciona-lhes abundantes recursos piscatórios, aquacultura, indústria petrolífera e gás natural, com acesso a fontes petrolíferas da melhor qualidade.

 

Neste contexto, privilegiam-se todas as comunicações que proponham novos currículos científicos (programa de estudo da área científica) que melhor preparem as novas gerações da nossa comunidade para os desafios do séc. XXI. Cada um dos países membros da CPLP é caracterizado por pontos de excelência científica e técnica que interessa dar a conhecer (através das sessões temáticas abaixo referidas). Esta conferência é uma plataforma propícia para a partilha (e não “transferência”) de conhecimento  entre países com áreas de excelência com outros que importa desenvolver, num esforço de desenvolvimento comum. Por exemplo, alguns dos pontos fortes do Brasil estão nas áreas da tecnologia da informação, ciências do espaço, aeronáutica, prospecção petrolífera, agropecuária, física e astronomia; Portugal, na área da biomedicina, nanotecnologias, energias alternativas, física e astronomia; Moçambique, em oceanografia, meteorologia, biologia marinha; Cabo Verde, nas ciências da terra, oceanografia, biologia marinha, vulcanologia, ciências da saúde; Angola, na geologia e minas, indústria petrolífera e diamantífera, energia; Guiné-Bissau, investigação científica marinha; São Tomé e Principe, indústria petrolífera e de gás natural, pesca, sendo também de referir que é um dos países africanos mais ricos em biodiversidade e com mais espécies endémicas de aves; Timor Leste, com recursos naturais em minérios, depósitos de ouro, cobre e ferro, petróleo e gás natural.

 

Em 2007, a União Africana decidiu atribuir a mais alta prioridade à utilização da ciência e tecnologia para combater a pobreza. A série de Conferências de Oslo, organizadas em resposta ao pedido do ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, mostraram nos últimos anos a determinação de África em erradicar a pobreza por via da ciência e da tecnologia. A percentagem do PIB (Produto Interno Bruto) investido em R&D em alguns países da CPLP são os seguintes: Brasil (1.02 %, em 2006); Portugal (0.83 %, em 2006); Angola (não disponível); Moçambique (0,59 %, em 2002). É igualmente de referir que, em 10000 habitantes, África tem um cientista ou engenheiro, enquanto que na América Latina, Europa e Ásia, essa média passa para 20-50.

 

O tema da conferência é o papel da física e das suas aplicações na educação e no desenvolvimento nos países de língua portuguesa.

 

O primeiro encontro decorrerá em Maputo, capital da República de Moçambique, habitada por um povo simpático, um cruzamento de civilizações e culturas com uma dominância das culturas bantu e portuguesa, e com influências árabes, indianas e chinesas.

 

Conferência de Física da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Fotografia de África em cores reais tirada do site da NASA —US Geological Survey


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